domingo, 24 de junho de 2012

Agostinho neto


Agostinho Neto primeiro Presidente de Angola
Mandato: 11 de novembro de 1975 - 10 de Setembro de 1979
Data de nascimento: 17 de Setembro de 1922
Local de nascimento: Ícolo e Bengo
Data da morte: 10 de Setembro de 1979
Local da morte: Moscou
Partido político:MPLA
Profissão: médico


 o “guia imortal da revolução angolana”, em reconhecimento à sua grande capacidade intelectual, postura de estadista, lutador, político, homem de cultura e pela sua contribuição na luta de libertação não só dos angolanos mas de outros povos.
Cedo Agostinho Neto assumiu o combate a manifestações negativas como tribalismo, regionalismo, racismo entre outros preconceitos atentatórios à unidade nacional e reconciliação dos angolanos. desde muito cedo, lutou para a conquista da independência dos países do continente.
António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60 quilómetros de Luanda, e formou-se em medicina pela Universidade de Lisboa.
Após ter concluído o curso liceal em Luanda, Neto trabalhou nos serviços de saúde. Viria a tornar-se rapidamente uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista que, durante os anos quarenta, conheceu uma fase de vigorosa expansão.

Pelo seu envolvimento em actividades políticas experimentou a prisão pela primeira vez em 1951, ao ser preso quando reunia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz em Estocolmo. A sua prisão desencadeou uma vaga de protestos em grande escala. Realizaram-se encontros; escreveram-se cartas e enviaram-se petições assinadas por intelectuais franceses de primeiro plano, como Jean-Paul Sart, André Mauriac, Aragon e Simone de Beauvoir, pelo poeta cubano Nicolás Gullén e pelo pintor mexicano Diogo Rivera, e em 1957, Agostinho Neto, foi eleito Prisioneiro Político do Ano pela Amnistia Internacional.
Em 1958, Agostinho Neto licenciou-se em Medicina e, casou com Maria Eugénia, no próprio dia em que concluiu o curso. Neste mesmo ano, foi um dos fundadores do clandestino Movimento Anticolonial (MAC), que reunia patriotas oriundos das diversas colónias portuguesas.
Em 30 de Dezembro de 1959. Neto voltou ao seu País, com a mulher, Maria Eugénia, e o filho de tenra idade, e passou a exercer a medicina entre os seus compatriotas. Em 8 de Junho de 1960, o director da PIDE veio pessoalmente prender Neto no seu Consultório em Luanda.
Uma manifestação pacífica realizada na aldeia natal de Neto em protesto contra a sua prisão foi recebida pelas balas da polícia. Trinta mortos e duzentos feridos foi o balanço do que passou a designar-se pelo Massacre de Icolo e Bengo. Receando as consequências que podiam advir da sua presença em Angola, mesmo encontrando-se preso, os colonialistas transferiram Neto para uma prisão de Lisboa e, mais tarde enviaram-no para Cabo Verde, para Santo Antão e, depois para Santiago, onde continuou a exercer a medicina sob constante vigilância política.
Todavia, pouco tempo depois da saída da prisão, Agostinho Neto, em Julho de 1962, saiu clandestinamente de Portugal com a mulher e os filhos pequenos, chegando a Léopoldville (Kinshasa), onde o MPLA tinha ao tempo a sua sede exterior,

A 11 de Novembro de 1975, após 14 anos de dura luta contra o colonialismo e o imperialismo, proclamou a independência nacional, objectivo pelo qual deram a vida tantos e tão dignos filhos da Pátria Angolana, tendo sido nessa altura investido no cargo de Presidente da (então) República Popular de Angola.

“Minha mãe
(todas as mães negras
cujos filhos partiram)
tu me ensinaste a esperar
como esperaste nas horas difíceis.
Mas a vida
matou em mim essa mística esperança.
Eu já não espero
sou aquele por quem se espera.”

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